Padre Antônio vieira

O Padre Antônio Vieira nasceu em Portugal em 1608. É considerado um dos homens mais extraordinários do século XVII, por sua atuação política e religiosa no Brasil e em Portugal, e por sua influência na vida cultural e literária em outros países. Vieira veio ao Brasil aos sete anos de idade, e em 1623 entrou para a Companhia de Jesus. Depois de ordenado, trabalhou em vários lugares no Brasil, mas sua atuação mais conhecida desta época se deve a seu trabalho com os escravos e índios do Amazonas, os quais ele defendeu contra os colonizadores portugueses. Sua ardente oposição ao comércio de índios culminou com sua expulsão (e a dos demais Jesuítas) do Amazonas. Com a mudança política em Portugal depois da Restauração em 1640, Vieira foi para a corte, onde se tornou confessor do rei D. João IV, que o enviou como seu representante a Roma e a Amsterdã. Mais tarde, ele também foi confessor da rainha Christina da Suécia. Vieira fez a longa e difícil jornada marítima entre Portugal e o Brasil várias vezes, e se tornou, ainda em vida, uma figura célebre.
Entretanto, apesar de sua proximidade aos poderosos de seu tempo, Vieira não conseguiu escapar de perseguições que acometiam aos menos bem protegidos. Suas declarações e seus sermões em defesa dos “Cristãos Novos” — Judeus forçados a se converterem ao cristianismo — que formavam grande parte da classe mercantil de Portugal, e suas críticas aos excessos da Inquisição, terminaram por angariar a fúria da própria Inquisição. Vieira foi preso, julgado e condenado, ficando na prisão em Portugal por cinco anos. Mais tarde, quando voltou ao Brasil, Vieira preparou seus sermões para publicação e se recolheu à Quinta do Tanque, na Bahia, onde morreu em 1697.



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