Vida Privada

Art. XII da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação.

Organização das Nações Unidas. Declaração Universal dos Direitos Humanos. 10/12/1948.

Padre Antônio vieira

O Padre Antônio Vieira nasceu em Portugal em 1608. É considerado um dos homens mais extraordinários do século XVII, por sua atuação política e religiosa no Brasil e em Portugal, e por sua influência na vida cultural e literária em outros países. Vieira veio ao Brasil aos sete anos de idade, e em 1623 entrou para a Companhia de Jesus. Depois de ordenado, trabalhou em vários lugares no Brasil, mas sua atuação mais conhecida desta época se deve a seu trabalho com os escravos e índios do Amazonas, os quais ele defendeu contra os colonizadores portugueses. Sua ardente oposição ao comércio de índios culminou com sua expulsão (e a dos demais Jesuítas) do Amazonas. Com a mudança política em Portugal depois da Restauração em 1640, Vieira foi para a corte, onde se tornou confessor do rei D. João IV, que o enviou como seu representante a Roma e a Amsterdã. Mais tarde, ele também foi confessor da rainha Christina da Suécia. Vieira fez a longa e difícil jornada marítima entre Portugal e o Brasil várias vezes, e se tornou, ainda em vida, uma figura célebre.
Entretanto, apesar de sua proximidade aos poderosos de seu tempo, Vieira não conseguiu escapar de perseguições que acometiam aos menos bem protegidos. Suas declarações e seus sermões em defesa dos “Cristãos Novos” — Judeus forçados a se converterem ao cristianismo — que formavam grande parte da classe mercantil de Portugal, e suas críticas aos excessos da Inquisição, terminaram por angariar a fúria da própria Inquisição. Vieira foi preso, julgado e condenado, ficando na prisão em Portugal por cinco anos. Mais tarde, quando voltou ao Brasil, Vieira preparou seus sermões para publicação e se recolheu à Quinta do Tanque, na Bahia, onde morreu em 1697.



Os Lusíadas

Este com certeza é um livro difícil de se entender, isso ocorre devido a linguagem utilizada neste, sendo esta muito antiga.
Para poder entendê-lo melhor li um resumo, o que me auxiliou na construção do diário de bordo, que foi o trabalho sugerido pela professora Fabiana, e que pode ser encontrado nesse link abaixo:
Aqui esta um dos resumos que encontrei:
CANTO I
Proposição: (estrofes 1 a 3) Intenção do poema: celebrar os feitos lusitanos, navegações e conquistas.
Invocação (estrofes 4 e 5) às ninfas do Tejo (Tágides) para que dêem inspiração.
Dedicatória (estrofes 6 a 18) ao rei D. Sebastião.
Narração: a partir da estrofe 19. Concílio dos deuses sobre a ousada decisão dos portugueses: devem favorecê-los ou impedi-los? Júpiter é favorável; Baco, ferrenhamente contrário; também são a favor Marte e Vênus, esta nos Portugueses vendo a raça latina descendente de seu filho Enéias. Baco, derrotado na assembléia divina, põe em ação a sua hostilidade contra os lusos, procurando impedir que cheguem à sua Índia, e para isto se valendo da gente africana, que lhes arma ciladas.

CANTO II
Chegada a Mombaça, onde continuam as hostilidades de Baco na traição dos Mouros: os navegadores seriam sacrificados se acedessem ao pérfido convite do rei para desembarcarem. Vênus, porém, de novo os salva, intercedendo junto a Júpiter. Retrato de Vênus [36. "Os crespos fios d'ouro se esparziam / pelo colo (...)"]. Júpiter profetiza os gloriosos feitos lusíadas no Oriente (44 e ss.) e envia Mercúrio a Melinde, a fim de predispor os naturais desta cidade a bem acolherem os Portugueses, o que se cumpre. O rei de Melinde pede ao Gama lhe narre a história de Portugal.

CANTO III
Invocação à musa da eloqüência e da epopéia, Calíope, e logo a narração do Gama ("Entre a Zona que o Cancro senhoreia..."): geografia e história de Portugal (destaque para a batalha de Ourique, a guerra contra os mouros, a batalha do Salado e, sobretudo, o episódio de Inês de Castro "Que depois de ser morta foi Rainha" — 118-35).

CANTO IV
Prossegue a narração do Gama, com relevo para Nuno Álvares Pereira e as batalhas contra os castelhanos, sobretudo a de Aljubarrota (28. "Deu sinal a trombeta Castelhana, / Horrendo, fero, ingente e temeroso"), as conquistas na África, a batalha de Toro, o reinado de D. Manuel e seu sonho do domínio das Índias, a partida para o Oriente e as famosas imprecações do Velho do Restelo (95. "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça"), 94-104, que em clímax inspirado encerram o canto.

CANTO V
Partida da expedição do Gama. A tromba marinha (19-23). Na Ilha de Santa Helena; aventura de Fernão Veloso. O gigante Adamastor (38-60). Conclusão da narração do Gama.

CANTO VI
Festas aos Lusos em Melinde e partida da frota para Calecute. Novas insídias de Baco, junto a Netuno, no fundo dos mares. Descrição do reino de Netuno (8-14). Fernão Veloso narra o episódio dos Doze de Inglaterra (42-69) para distrair a monotonia de bordo. Tempestade provocada pelo insidioso Baco (70 e ss.), com nova intervenção de Vênus (85 e ss.), que amaina o furor dos ventos. Chegada a Calecute (92), ação de graças do Gama (93-4) e elogio da verdadeira glória — a dos que enfrentam "trabalhos graves e temores", " tempestades e ondas cruas".

CANTO VII
Chegada à Índia. Elogio de Portugal pelo Poeta. Descrição da Índia. Encontro com o mouro Monçaide, que descreve a Índia (31-41). Portugueses recebidos pelo regente dos reinos — O Catual, o Samorim. Troca de gentilezas e informações. O Poeta novamente invoca as musas (78 e ss.) para, inspirado, prosseguir no canto.

CANTO VIII
Paulo da Gama, irmão de Vasco, narra ao Catual a história dos heróis portugueses (Luso, Ulisses, Viriato, Sertório, D. Henrique, Afonso Henriques, Egas Moniz, etc.). Baco insiste na perseguição, instigando em sonhos os chefes dos nativos. Hostilidades, retenção do Gama em terra, que só se liberta a poder de dinheiro (93-6): o poder corruptor do vil metal (96-9).

CANTO IX
Retenção de Álvaro e Diogo, portadores da "fazenda", mero pretexto para deterem-se os descobridores europeus. Por fim, libertados, recolhem às naus que preparam a volta à pátria. Vênus resolve premiar os heróis (18 e ss.) com prazeres divinos: a Ilha dos Amores (51-87) e seu simbolismo (88-95).

CANTO X
Banquete de Tétis aos Portuguêses, na Ilha dos Amores. Canta uma ninfa profecias de Proteu. Nova invocação do Poeta a Calíope (8-9), que permita condigna conclusão do poema. Relembrança das profecias da Ninfa; glórias futuras de Portugal no Oriente (10-73). Tétis mostra ao Gama a máquina do Mundo, como a viu Ptolomeu (76-142) — céus e terras, com destaque para a Ilha de São Tomé (109-19). Partida da Ilha dos Amores e regresso a Portugal. Desalento do Poeta (145. "No mais, Musa, no mais, que a Lira tenho / Destemperada, e a voz enrouquecida") por "cantar a gente surda e endurecida". Fala final a D. Sebastião e conclusão do poema

Comentários - Trabalho do auto do frade

Muito engraçado...
Esse trabalho foi feito por um grupo constituído de quatro pessoas. A data de entrega era muito próxima de outros trabalhos e provas então foi feito na maior correria. Na sexta antes da semana de entrega fizemos os bonecos e gravamos o vídeo. O cenário foi feito às pressas e nem usamos. Para gravar utilizamos a biblioteca porque não podíamos gravar no pátio porque era o horário da saída e iria ser o maior barulho ao fundo.
Para editar foi pior, eu editei de uma maneira, mas Gabriel uma parceiro do grupo, falou que teríamos que diminuir o tempo do vídeo que havia sido de dez minutos para sete ou oito, no mínimo, e para isso ele deu a ideia de por o texto junto com o vídeo. Eu concordei e até achei que ia ficar bom, mas não foi bem esse o resultado final, as pessoas não sabiam se liam, ou se assistiam o vídeo. Fracasso total para tanto trabalho.
Mas no final de tudo eu posso dizer que decorei toda a história de frei Caneca, para nunca mais esquecer.

Comentário - Boca do Inferno

Um dos melhores livros didáticos que li esse ano, ficando atrás somente de Dom Casmurro.
“Na Bahia, em plena efervescência mercantilista do século XVII, Ana Miranda restaura os cacos de um país popularmente tido como pacífico, substituindo essa mentira calcificada por uma de caráter ficcional, mais em sintonia com a verdade histórica. O assassinato do alcaide-mor é mero pretexto fabular para dividir em dua a sociedade baiana de então: perseguidores e perseguidos”.
Boca do inferno é um livro extenso, porém Ana Miranda soube como não deixá-lo monótono. A história se torna ainda mais interessante porque inserido em na ficção nós temos vário personagens reais como Padre vieira, Gregório de Matos, Bernardo Ravasco, Antonio de souza e muitos outros.
Mas não é só o livro que é interessante, o trabalho apesar de trabalhoso e cansativo, foi muito legal de fazer, pois pudemos estabelecer uma relação entre ficção e realidade, aprendendo um pouco de história no momento em que estamos estudando Literatura. Apesar de estar tudo ligado.
Concluindo podemos dizer que nosso último trabalho de literatura foi muito útil e como ele aprendemos muitas coisas novas.

Degredado Afonso Ribeiro

Pouco se sabe sobre o degredado que ficou aqui no Brasil durante a expedição de Pedro Álvares Cabral. Seu nome era Afonso Ribeiro.
Estava pesquisando sobre ele e em uma dessas pesquisas encontrei uma matéria muito interessante:
A volta por cima de um condenado à morte
O genuíno Mr. América talvez fosse um degredado
Afonso Ribeiro. Poucos personagens ligados ao Descobrimento do Brasil estimulam tanto a imaginação quanto esse "mancebo degredado, criado de dom João Telo". Ribeiro foi um dos dois homens abandonados na Bahia pela frota de Cabral, quando, em 2 de maio, a esquadra içou velas rumo à Índia. Neste instante, Ribeiro e seu companheiro de infortúnio romperam em prantos, na praia. Seu choro foi tanto que "os homens daquela terra lhes confortavam e mostravam ter deles grande piedade", de acordo com o documento conhecido como Carta do Piloto Anônimo. Ribeiro e o colega eram condenados à morte cuja pena fora comutada em degredo. Não foram os primeiros "lançados" da história das navegações portuguesas. Nem eram os únicos degredados da frota de Cabral: outros três seriam deixados na costa oriental da África. Mas circunstâncias os tornariam razoavelmente famosos, em especial Afonso Ribeiro, citado na carta de Pero Vaz de Caminha.

À dupla caberia aprender a língua dos nativos e averiguar que riquezas a nova terra porventura possuía. Serviriam de intérpretes e informantes em futuras expedições à Terra de Vera Cruz. Mas quem poderia ter certeza de que iriam aportar no mesmo local onde Cabral lançara âncoras? E como reagiriam os nativos à presença de Ribeiro, já que, nas nove noites anteriores, não haviam permitido que ele pernoitasse na aldeia?

Essas respostas, e muitas outras, poderiam ter sido sugadas na voragem da História. Mas acabaram ficando conhecidas porque, 20 meses após seu desesperado pranto à beira-mar, Afonso Ribeiro e colega foram recolhidos pela primeira expedição enviada por dom Manuel para explorar o Brasil. Era comandada por Gonçalo Coelho, pai de Duarte Coelho, futuro donatário de Pernambuco. Dela fazia parte o cosmógrafo florentino Américo Vespúcio.

Após tocar em terra nos arredores do Cabo São Roque, no Rio Grande do Norte, a diminuta frota de Coelho e Vespúcio foi seguindo a linha da costa em direção ao sul e, em dezembro de 1501, chegou à Baía de Cabrália. Ali encontrou e recolheu Afonso Ribeiro e o outro "lançado". Ambos tinham muito a revelar - e seu relato iria se transformar num dos maiores best-sellers da Europa renascentista.
Matéria retirada do site:

Comédias da Vida Privada

Um clássico do humor de Luis Fernando Verissimo em edição revista e atualizada pelo autor
Generoso, irônico, cúmplice – Verissimo sabe como ninguém transformar em riso as sutis tiranias, as infidelidades, as paixões fulminantes, os ódios mortais. Em O Melhor das Comédias da Vida Privada o escritor gaúcho escolheu suas histórias preferidas do livro que se tornou um clássico do humor brasileiro nos anos 90, numa seleção imperdível que inclui 35 novas crônicas, inéditas em livro.
Da crítica política, passando pela comédia de costumes, até a radiografia dos relacionamentos amorosos, este volume reúne histórias engraçadas, delicadas e confessionais que revelam nossas pequenas e grandes tragédias cotidianas. Os amigos do penúltimo chope, a casa na serra, o lixo da vizinha, praia, férias. Um delicioso retrato da grande família brasileira, de sunga, pijama ou smoking, na corda bamba de todo dia.
Aqui estão personagens que já se tornaram antológicos, como o marido do Dr. Pompeu, o Mendocinha, a mulher do Silva, as noivas do Grajaú, a Regininha. Com vivacidade e ironia, Verissimo decifra nossas comédias privadas, percorrendo o território lúbrico e impreciso da classe média, lugar de desejos bizarros e secretos.O Melhor das Comédias da Vida Privada é o sétimo da série Ver!ssimo, que vai publicar toda a obra do escritor gaúcho pela Objetiva, em edições cuidadosamente revistas.
Escrevendo todos os dias, em colunas publicadas nos maiores jornais brasileiros, Luis Fernando Verissimo aprimorou o texto e o olhar, transformando-se num dos autores mais admirados do país.

Barroco na pintura e escultura

Última Ceia de Aleijadinho


Igreja no Pelourinho - Folheada a ouro



Igreja e Convento de São Francisco, Salvador, Bahia: considerada uma das mais ricas e espetaculares igrejas do país, tem todo o interior coberto em ouro. Sua fachada barroca é de 1723, como também os painéis de azulejos portugueses que reproduzem a lenda do nascimento de São Francisco e sua renúncia aos bens materiais. A nave central, cortada por outra menor, forma uma cruz. As pinturas têm forma de estrelas, hexágonos e octógonos e exaltam Nossa Senhora. Na sacristia, estão reunidos 18 painéis a óleo sobre a vida de São Francisco. Os dois púlpitos laterais são talhados com folhas de videira, pássaros e frutos colhidos por meninos e recobertos de ouro.
Ouro Preto-MG Igreja São Francisco - Manuel da Costa Athayde




Uma das histórias do Analista


Analista de Bagé

O Analista de Bagé é uma personagem de humor criado pelo escritor brasileiro Luis Fernando Verissimo cuja publicação se iniciou, no Brasil, em 1981, ganhando, além da literatura, versões em quadrinhos e no teatro.
Publicado originalmente em forma de crônica, e editado em diversos jornais do país, as histórias de O Analista retratam o estereótipo da personalidade típica dos bageenses - ao menos assim é como o próprio autor o revela, na crônica inaugural.
O sucesso dos contos levou-o para as histórias em quadrinhos, com a publicação de um álbum pela editora gaúcha L&PM. Este, por sua vez, gerou uma nova série para a revista masculina Playboy, publicada em página inteira, entre os anos de 1983 e 1992.
As histórias, adaptadas para o teatro, estiveram em cartaz por diversas temporadas no eixo Rio-São Paulo.
A personagem representa um gaúcho, psicanalista supostamente freudiano de linha ortodoxa de palavras marcantes e ilustrativo da sabedoria popular do Rio Grande do Sul. Sua assistente, Lindaura, auxiliava-o na abordagem de casos mais difíceis.
Teve uma infância normal, onde o que não aprendeu no galpão, aprendeu atrás do galpão.
O analista se diz "mais ortodoxo que pomada Minancora" ou que as Pastilhas Valda. Sua técnica do joelhaço, no entanto, é bastante heterodoxa, a depender do ponto de vista. Ela está baseada no princípio da dor maior, isto é, quando o paciente vem se queixar de suas dores subjetivas, o joelhaço aplicado no local correto oferece ao sujeito a vivência de uma dor tão mais intensa que faz com que se esqueça das dores "menores".

Os Lusíadas - Vasco da Gama

No livro Os Lusíadas nos temos a descrição fictícia da descoberta do caminho para a índia, feita por Vasco da Gama. Porém como não sabemos se os fatos apresentados são verdadeiros ou falsos, ficamos na sede de saber o que realmente aconteceu. Já que essa é uma das mais importantes descobertas feitas por portugal.

História de Vasco da Gama:

1468 (?): Nascimento, talvez em Sines. Filho segundo do fidalgo Estêvão da Gama - 1497: A 8 de Julho parte de Lisboa comandando frota que irá descobrir o caminho marítimo para a Índia. A 18 de Novembro dobra o Cabo da Boa Esperança. - 1498: A 20 de Maio chega a Calecute e enfrenta a hostilidade do respectivo Samorim. A 5 de Outubro inicia a viagem de regresso . - 1499: Arriba a Lisboa em fins de Agosto; é recebido triunfalmente. - 1502/04: Segunda viagem à Índia. Represálias contra o Samorim de Calecute. Firma aliança com os reis de Cochim e Cananor, onde instala feitorias. Regressa a Lisboa com carga avultada de especiarias. - 1524: Terceira viagem à Índia, já com o título de conde da Vidigueira e na qualidade de Vice-rei. Tenta pôr fim a desmandos e abusos. A 25 de Dezembro morre em Cochim.


Analista de Bagé...

Perfil dos fãs de Todas as Histórias do Analista de Bagé



Analista de Bagé...

Onde anda o Analista de Bagé? Não sei. As notícias são desencontradas. Há quem diga que ele se aposentou, hoje vive nas suas terras perto de Bagé e se dedica a cuidar de bicho em vez de gente, só abrindo exceções para eventuais casos de angústia existencial ou regressão traumática de fundo psicossomático entre a peonada da estância.
Lindaura, a recepcionista que além de receber também dava, estaria com ele e teria concordado em dividir o afeto do Analista com uma égua chamada Posuda, desde que eles concordassem em nunca serem vistos juntos em público.
Outros dizem que o Analista morreu, depois de tentar, inutilmente, convencer o marido de uma paciente que banhos regulares de jacuzzi a dois num motel faziam parte do tratamento.
E há os que sustentam que o Analista continua clinicando, na Europa, onde a sua terapia do joelhaço, conhecida como "Thérapie du genou aux boules, ou le methode gaúchô", tem grande aceitação, e ele só tem alguma dificuldade com a correta tradução de "Pos se apeie nos pelego e respire fundo no mas, índio velho" no começo de cada sessão.
Luis Fernando Verissimo

Dom Casmurro - Capitu

Capitu
Zélia Duncan
Composição: (Luiz Tatit)
De um lado vem você com seu jeitinho
Hábil hábil, hábil.. e pronto!
Me conquista com seu dom
De outro esse seu site petulante
WWW ponto poderosa ponto com
É esse o seu modo de ser ambiguo
Sábio, sábio
E todo encanto, canto, canto
Raposa e sereia da terra e do mar
Na tela e no ar
Você é virtualmente amada amante
Você real é ainda mais tocante
Não há quem não se encante
Um método de agir que é tão astuto
Com jeitinho alcança tudo, tudo, tudo
É só se entregar, é só te seguir, é capitular
Capitu
A ressaca dos mares
A sereia do sul
Captando os olhares
Nosso totem tabu
A mulher em milhares
Capitu
De um lado vem você com seu jeitinho
Hábil hábil, hábil.. e pronto!
Me conquista com seu dom
De outro esse seu site petulante
WWW ponto poderosa ponto com
É esse o seu modo de ser ambiguo
Sábio, sábio
E todo encanto, canto, canto
Raposa e sereia da terra e do mar
Na tela e no ar
Você é virtualmente amada amante
Você real é ainda mais tocante
Não há quem não se encante
No site o seu poder provoca o ócio, o ócio
Um passo para o vício, o vício, o vício
É só navegar, é só te seguir, e então naufragar
(...)
Capitu
A ressaca dos mares
A sereia do sul
Captando os olhares
Nosso totem tabu
A mulher em milhares
Capitu
Feminino com arte
A traição atraente
Um capitulo a parte
Quase vírus ardente
Imperando no site
Capitu
Capitu
A ressaca dos mares
A sereia do sul
Captando os olhares
Nosso totem tabu
A mulher em milhares
Capitu!
Essa é uma música muito interessante, pois é a Capitu em versos. Uma menina esperta, com olhos de cigana oblíqua e dissimulada, mas ao mesmo tempo uma mulher que esbanja feminilidade, ms que talvez tenha traído o marido.
Na música nós temos a representação da "Mulher em milhares, Capitu", um raposa ou uma sereia, a terra ou o mar?
"É esse o seu modo de ser ambiguo, sábio, sábio"...

Ouça a Música no link:

http://br.youtube.com/watch?v=NAeJv8LAX28

Dom Casmurro

Capitu é uma das personagens do livro do livro Dom Casmurro. Essa é tema de muitas perguntas, pois ainda hoje não se tem a resposta para a ambiguidae presente nessa obra. Como é um livro muito interessante e conhecido, já foi vítima de várias releituras, como que esta sendo feita pela Globo:

08/11/2008 - 01h48


Conheça a atriz que será a Capitu de "Dom Casmurro" na Globo


PopTevê



A carioca Letícia Persiles, de 25 anos, nunca imaginou que sua estréia na tevê seria com um papel tão instigante quanto Capitu. O que a atriz e cantora da banda Manacá - que mescla rock e ritmos do folclore - também não cogitava é que seria descoberta para atuar na próxima microssérie da Globo, "Capitu", durante um show de seu grupo. Talvez por isso tenha levado um leve susto ao saber que ressuscitaria os famosos "olhos de ressaca" do romance "Dom Casmurro", de Machado de Assis. "Assim que o Luiz Fernando Carvalho disse que queria que vivesse a Capitu, levei um sustinho. Mas foi ótimo!", brinca ela, referindo-se ao diretor da série de cinco episódios que estréia no dia 9 de dezembro.



Letícia Persiles "à paisana" e caracterizada como Capitu, à direitaDepois de se recompor do susto, Letícia não perdeu tempo e tratou de reler a obra de Machado de Assis. Apesar de já ter lido na época do colégio, a releitura foi importante para o processo de montagem. Ainda mais porque ela viveria a personagem na adolescência - fase em que desperta a paixão no jovem Bentinho, narrador da história. A Capitu adulta seria vivida por Maria Fernanda Cândido. "Sabia que era uma responsabilidade muito grande pelo valor da Capitu dentro da Literatura Brasileira", confessa.
Justamente por saber que tinha em mãos uma personagem notável e objeto de estudo de inúmeras análises literárias, Letícia se debruçou sobre a bibliografia relacionada aos estudos da obra de Machado de Assis. Mas não se satisfez apenas com os trabalhos da Literatura e resolveu buscar outras influências para compor a sedutora Capitu.
"O importante foi buscar sensações e estados que me remetessem à personagem. A pesquisa foi muito vasta", conta ela, acrescentando que dias antes de começar a gravar a microssérie, no início de junho, descobriu que estava grávida. E a notícia, por sinal, contribuiu para ela captar a alma da personagem. "Na gravidez não tem como não ficar mais sensível, né?", interroga, encabulada.
Letícia começou então a remexer suas gavetas e a reler cartas de namorados da infância. Foi uma das formas que encontrou para tentar desvendar os mistérios da personagem.
"Montei uma caixinha de madeira, toda especial, com objetos, escritos e anotações e, toda vez que precisava resgatar um cheiro ou uma sensação da personagem, voltava a ela", relembra a atriz, que faz teatro de rua desde os 11 anos de idade, com a teatróloga já falecida Elbe de Holanda, na Ilha do Governador, bairro carioca onde sempre morou.
O que mais chamou a atenção de Letícia, porém, durante o processo de composição da personagem foi saber que ela ganharia algumas características atemporais, como a enorme tatuagem de bromélia e pássaro que exibe no braço direito. "Quando fui escalada para fazer a personagem, perguntei: Luiz, mas e a tatuagem? E ele disse: mas escolhi você só por causa dela!", lembra, aos risos. Mas a atriz faz questão de justificar a idéia de Luiz Fernando Carvalho. "É como se a tatuagem fosse uma continuação do quintal da Capitu. Porque ela é uma menina que cresceu nos quintais", metaforiza.
Tirando as características atemporais, as gravações de "Capitu" - que duraram de junho a agosto deste ano - foram extremamente fiéis ao texto de Machado de Assis, ao figurino e ao cenário do século XIX. "O Automóvel Clube, no Centro do Rio, foi preparado para receber as filmagens. E teve tudo a ver com a história de Machado. Afinal, durante um período, lá foi o prédio da Biblioteca Nacional", destaca ela, frisando a alegria que sente por ter sido escolhida para representar uma personagem do quilate de Capitu. "Viver a Capitu foi mágico.Acredito que qualquer atriz gostaria de estar no meu lugar", derrete-se.
Matéria retirada do site:

Boca do Inferno

No Livro escrito por Ana Miranda havia um escritor chamado Gregório de Matos. Ele era um poeta muito irreverente, conhecido como "Boca do Inferno", e nesse blog, como não tive a chance de por no trabalho, irei incluir mais alguns de seus poemas de Gregório:
Gregório de Matos

Define a Sua Cidade

De dois ff se compõe
esta cidade a meu ver:
um furtar, outro foder.

Recopilou-se o direito,
e quem o recopilou
com dous ff o explicou
por estar feito, e bem feito:
por bem digesto, e colheito
só com dous ff o expõe,
e assim quem os olhos põe
no trato, que aqui se encerra,
há de dizer que esta terra
de dous ff se compõe.

Se de dous ff composta
está a nossa Bahia,
errada a ortografia,
a grande dano está posta:
eu quero fazer aposta
e quero um tostão perder,
que isso a há de perverter,
se o furtar e o foder bem
não são os ff que tem
esta cidade ao meu ver.

Provo a conjetura já,
prontamente como um brinco:
Bahia tem letras cinco
que são B-A-H-I-A:
logo ninguém me dirá
que dous ff chega a ter,
pois nenhum contém sequer,
salvo se em boa verdade
são os ff da cidade
um furtar, outro foder.
Esse é um poema muito interessante porque mostra a cidade de salvador ao ver de Gregório de Matos, visão que nos remete ao Poeta do livro Boca do Inferno.